quinta-feira, 21 de abril de 2011

Macbeth - veja esta obra, ela é a tragédia Shakesperiana mais curta.

          O primeiro ato da peça abre entre trovões e relâmpagos, com as Três Bruxas decidindo que seu próximo encontro será com Macbeth. Na cena seguinte, um sargento ferido apresenta-se ao rei Duncan da Escócia, relatando que seus generais Banquo e Macbeth, que é thane de Glamis, acabaram de derrotar as forças aliadas da Noruega e da Irlanda, lideradas pelo rebelde Macdonwald. Macbeth, parente do rei, é louvado por sua bravura e habilidade na batalha.
A cena muda. Macbeth e Banquo entram, discutindo o tempo e sua vitória ("So foul and fair a day I have not seen"; "Tão feio e belo dia eu jamais vi"). À medida que se aproximam de uma charneca, as três bruxas, que lhes estavam esperando, cumprimentam-nos com profecias. Ainda que seja Banquo o primeiro a desafiá-las, dirigem-se a Macbeth. A primeira o saúda como "thane de Glamis", a segunda como "thane de Cawdor", e a terceira proclama que ele deverá "ser rei daí em diante". Macbeth parece estarrecido a ponto de silenciar-se, e Banquo novamente as desafia. As bruxas informam a Banquo que ele dará origem de uma linhagem de reis, embora ele mesmo não se tornará um. Enquanto os dois ficam maravilhados com o que ouviram, as bruxas desaparecem, e outro thane, Ross, um mensageiro do rei, chega e informa Macbeth sobre o título que lhe acaba de ser concedido - thane de Cawdor. A primeira profecia é cumprida. Imediatamente, Macbeth começa a ambicionar tornar-se rei.
Macbeth escreve a sua esposa, Lady Macbeth, falando sobre as profecias das bruxas. Quando Duncan decide ficar no castelo de Macbeth, em Inverness, ela bola um plano para assassiná-lo e conquistar o trono para seu marido. Embora Macbeth se demonstre preocupado com o regicídio, sua esposa eventualmente o consegue persuadir, questionando sua masculinidade, a seguir seu plano. Na noite da visita do rei, Macbeth mata Duncan; o ato, que não é visto pela platéia, o deixa tão abalado que Lady Macbeth tem que assumir o controle da situação. De acordo com o seu plano, ela incrimina os criados de Duncan, adormecidos por causa da bebedeira ocorrida na noite anterior, pelo assassinato, colocando punhais sujos de sangue em meio a eles. Na manhã seguinte, Lennox, um nobre escocês, juntamente com Macduff, o leal thane de Fife, chegam.[3] O porteiro, ainda bêbado, abre o portão, e Macbeth os leva aos aposentos do rei, onde Macduff descobre o cadáver. Num acesso fingido de raiva, Macbeth assassina os guardas, antes que eles jurem sua inocência. Macduff imediatamente suspeita de Macbeth, porém não revela publicamente esta suspeita. Temendo por suas vidas, os filhos de Duncan fogem; Malcolm vai para a Inglaterra e Donalbain para a Irlanda. A fuga dos herdeiros também faz deles suspeitos, e Macbeth assume o trono como o novo rei da Escócia, já que possui parentesco com o falecido rei.
Apesar de seu sucesso, Macbeth continua inquieto com a profecia a respeito de Banquo, então o convida para um banquete real - onde descobre que Banquo e seu jovem filho, Fleance, planejam fugir naquela mesma noite. Macbeth contrata então dois homens para assassiná-los, porém um terceiro assassino surge misteriosamente no parque, antes do crime. Enquanto os assassinos matam Banquo, Fleance escapa; no banquete, o fantasma de Banquo entra e se senta no lugar de Macbeth à mesa. Apenas este pode ver o espectro, enquanto os outros convidados entram em pânico diante da visão de Macbeth em fúria, esbravejando contra uma cadeira vazia, até que uma desesperada Lady Macbeth lhes ordena irem embora.
Macbeth, perturbado, vai às bruxas mais uma vez. Elas conjuram então três espíritos, em meio a três outros avisos e profecias, que lhe mandam ter "cuidado com Macduff", porém também lhe avisam que "ninguém que tenha nascido de uma mulher fará mal a Macbeth", e que ele "jamais será vencido até que a Grande Floresta de Birnam vá até as alturas do Monte Dunsinane". Como Macduff está exilado na Inglaterra, Macbeth presume que está seguro; então condena à morte todos do castelo de Macduff, incluindo Lady Macduff e suas crianças.
Enquanto isso, Lady Macbeth torna-se atormentada pela culpa dos crimes que ela e o marido cometeram; numa cena célebre, ela perambula pela casa de ambos, à noite, sonâmbula, e tenta lavar manchas imaginárias de sangue de suas mãos, enquanto comenta as coisas terríveis de que sabe.
Na Inglaterra, Malcolm e Macduff são informados por Ross de que "seu castelo foi pego de surpresa, e suas esposas e seus bebês selvagemente abatidos." Macbeth, agora visto como um tirano, vê a deserção de muitos de seus thanes. Malcolm lidera então um exército, juntamente com Macduff e o inglês Siward (o Velho), earl de Northumberland, contra o Castelo de Dunsinane. Enquanto seus soldados ainda estão acampados na Floresta de Birnam, recebem a ordem de cortar e carregar todos os troncos de madeira que puderem para camuflar o número de soldados - e acabando por realizar a terceira profecia das bruxas. Neste meio tempo, Macbeth faz o seu famoso solilóquio ("Tomorrow and tomorrow and tomorrow", "Amanhã e amanhã e amanhã") ao ficar sabendo da morte de Lady Macbeth; embora a causa da morte não seja revelada, presume-se que ela tenha cometido suicídio, já que a última referência de Malcolm a respeito dela revela que "como se acredita, por suas próprias e violentas mãos, tenha tirado sua própria vida" ("as 'tis thought, by self and violent hands / took off her life").
A batalha tem o seu ápice na morte do jovem Siward, e no confronto de Macduff com Macbeth, que apregoa não temer o oponente, pois não pode ser morto por qualquer homem que tenha nascido de uma mulher. Macduff declara então que ele foi "rasgado do útero de sua mãe antes do tempo" ("from his mother's womb untimely ripp'd", ou seja, nascido através de cesariana) e, portanto, não "nasceu de uma mulher". Macbeth percebe, já tarde demais, que as bruxas o enganaram. Fora de cena, Macduff corta a cabeça de Macbeth, e cumpre assim a última das profecias.
Embora Malcolm seja colocado no trono, e não Fleance, a profecia das bruxas a respeito de Banquo - "Thou shalt [be]get kings", "Tu gerarás reis" - era conhecida pelo público da época de Shakespeare como verdade, já que o rei Jaime I da Inglaterra era, supostamente, um dos descendentes de Banquo.

 


      Juliana Vieira da Silva, 4° Letras.
A

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Shakespearer e a intertextualidade

É impressionante notar que, em muitas obras como a de Ariano Suassuna, entre outras, revelam uma intrínseca relação com as obras de Shakespeare. Prova da genialidade de um escritor de séculos atrás. Em suas peças, como A Megera Domada, podemos perceber a universalidade dos temas abordados, que, apesar do tempo em que foi escrito, demonstram ser atuais. São temas que sempre serão debatidos, como a eterna guerra dos sexos, ambição, poder e política. Em A Megera Domada,de 1596, podemos notar a questão do machismo, a mulher sempre em segundo plano. Em um duelo de forças, William Shakespeare nos brinda com uma história onde todos fazem tudo por amor. Mentem, trapaceiam, dominam e são dominados. Com muito humor e picardia, o mestre da dramaturgia defende os direitos da mulher e critica o machismo. A peça é uma bela comédia de costumes, repleta de movimento e alegria. Para quem não gosta de ler, vale a pena ver" O Cravo e a Rosa " . O livro é quase do mesmo jeito, com muito humor e passagens cômicas.
Por Gabriela Motta de Lima Alves

sábado, 16 de abril de 2011

Um guia crítico para a Obra "Macbeth", de William Shakespeare


Jairo Mielnik

Um guia crítico para a Obra "Hamlet", de William Shakespeare


Sinopse:

O protagonista de Hamlet é o Príncipe Hamlet de Dinamarca, filho do recentemente morto Rei Hamlet e sobrinho do Rei Cláudio, irmão e sucessor de seu pai. Após a morte do Rei Hamlet, Cláudio casa-se apressadamente com a então viúva Gertrudes, mãe do príncipe. Num plano de fundo, a Dinamarca está em disputa com a vizinha Noruega, e existe a expectativa de uma suposta invasão liderada pelo príncipe norueguês Fórtinbras.

Horácio, Hamlet, e o Fantasma (Henry Fuseli,1798)
 
A peça abre numa noite fria do Castelo de Elsinore, o Castelo Real Dinamarquês. Os sentinelas tentam convencer Horácio, amigo do Príncipe Hamlet, que eles têm visto o fantasma do rei morto, quando ele aparece novamente. Depois do encontro de Horácio com o Fantasma, Hamlet resolve vê-lo com seus próprios olhos. À noite, o Fantasma aparece para Hamlet. O espectro diz a Hamlet que é o espírito de seu pai morto, e revela que Cláudio o matou com um frasco venenoso, despejando o líquido em seus ouvidos. O Fantasma pede que Hamlet vingue sua morte; Hamlet concorda, com pena do espectro, decidindo fingir-se de louco para não levantar suspeitas. Ele, contudo, duvida da personalidade do fantasma. Ocupados com os assuntos do estado, Cláudio e Gertrudes tentam evitar a invasão de Fórtinbras. Um tanto preocupados com o comportamento solitário e errático de Hamlet, acrescido de seu luto profundo diante da morte do pai, eles convidam dois amigos do príncipe - Rosencrantz e Guildenstern - para descobrirem a causa da mudança de comportamento de Hamlet. Hamlet recebe os companheiros calorosamente, todavia logo discerne que eles estão contra ele.

Polônio é o conselheiro-chefe de Cláudio; seu filho, Laertes, está indo de viagem à França, enquanto sua irmã, Ofélia é cortejada por Hamlet. Nem Polônio nem Laertes acreditam que Hamlet nutra desejos sinceros com Ofélia, e ambos alertam para ela esquecê-lo. Pouco depois, Ofélia fica alarmada pelo comportamento estranho de Hamlet e confessa ao pai que o príncipe irá ter com ela num dos aposentos do castelo, mas olha fixamente para ela e nada se diz. Polônio assume que o "êxtase do amor" é o responsável pela loucura de Hamlet, e informa isso a Cláudio e Gertrudes. Mais tarde, Hamlet discute com Ofélia e insiste para que ela vá "a um convento".

O desmascaramento de Cláudio é atingido através de um recurso singular: o teatro no teatro.(Maclise)
 
Hamlet continua sem saber se o espírito lhe contou a verdade, mas a chegada de uma trupe artística em Elsinore apresenta-se como uma solução para a dúvida. Ele vai montar uma peça, encenando o assassinato do pai - assim como o espectro lhe relatou - e determinar, com a ajuda de Horácio, a culpa ou a inocência de Cláudio, estudando sua reação. Toda a corte é convocada para assistir o espetáculo; Hamlet fornece comentários durante toda a encenação. Quando a cena do assassinato é realizada, Cláudio, "muito pálido, ergue-se cambaleante", ato que Hamlet interpreta como prova de sua culpabilidade. O rei, temendo pela própria vida, bane Hamlet à Inglaterra em um pretexto, vigiado por Rosencrantz e Guildenstern, com uma carta que manda o portador ser assassinado.

Gertrudes, "em grandíssima aflição de espírito", chama o filho em sua câmara e pede uma explicação sensata sobre a conduta que resultou no mal-estar do rei. Durante o caminho, Hamlet encontra-se com Cláudio rezando, distraído. Hamlet hesita em matá-lo, pois raciocina que enviaria o rei ao céu, por ele estar orando. No quarto da rainha, têm um debate fervoroso. Polônio, que espia tudo atrás da tapeçaria, faz um barulho; Hamlet, acreditando ser Cláudio, dá uma estocada através do arrás e descobre Polônio morto. O Fantasma aparece, dizendo que Hamlet deve acolher sua mãe suavemente, embora volte a pedir vingança.

Hamlet e Horácio com os dois rústicos.(Eugène Delacroix)
 
Demente em luto pela morte do pai, Ofélia caminha por Elsinore cantando libertinagens. Laertes retorna da França enfurecido pela morte do pai e melancólico pela loucura da irmã. Cláudio convence Laertes que Hamlet é o único responsável pelo acontecido; e é então que chega a notícia de que o príncipe voltou à Dinamarca porque seu barco foi atacado por piratas no caminho da Inglaterra. Rapidamente Cláudio propõe a Laertes uma luta de espadas entre ele e Hamlet onde o primeiro dos dois utilizará uma espada envenenada, sendo que na ocasião será oferecido ao príncipe uma taça de vinho com veneno, se o "plano A" falhar. Até que Gertrudes interrompe a conversa dizendo que Ofélia afogou-se.

Vemos depois dois rústicos discutindo o aparente suicídio de Ofélia num cemitério, preparando-se para cavar sua sepultura. Hamlet aparece com Horácio e se aproxima de um dos rústicos, que depois segura um crânio que conta ser de Yorick, um bobo da corte que Hamlet conheceu na infância. Quando o cortejo fúnebre de Ofélia aparece liderado por Laertes e Hamlet descobre que o rústico cavava a sepultura da moça, ele e Laertes se investem em luta, na cova, dizendo amar Ofélia, mas o conflito é separado pelos demais.

  Gustave Moreau retrata o momento em que Hamlet vinga-se de seu pai envenenando o tio e pondo fim à peça.
 
No regresso a Elsinore, Hamlet conta a Horácio como escapou do destino mortal que foi entregue a Rosencrantz e Guildenstern. Interrompendo a conversa, Orisco aparece para convidar o príncipe a um combate de armas brancas proposto pelo rei. Quando o exército de Fórtinbras cerca Elsinore, a competição começa e ambos os cavalheiros tomam posição. O rei, como planejou anteriormente, separa a taça envenenada e deposita dentro do líquido uma pérola, oferecendo-a a Hamlet, que deixa a bebida para depois. Hamlet vence o primeiro e o segundo assalto, e a rainha toma a taça envenenada, "bebendo a sua sorte".

Enquanto a mãe enxuga a face do filho, Laertes decide feri-lo com a arma envenenada. Hamlet, usando sua força, atraca-se com o inimigo e, no corpo-a-corpo, trocam as espadas. Ele penetra profundamente em Laertes o item envenenado. A rainha confessa que morre por conta do veneno, enquanto Laertes revela que o rei é o culpado de toda a infâmia. A rainha morre envenenada.

Hamlet fere o rei com a espada envenenada, mas ele diz estar apenas machucado. Furioso, o sobrinho obriga Cláudio a beber a taça com veneno à força, e o mata, vingando a morta de seu pai. Laertes, morrendo aos poucos, despede-se de Hamlet, ambos perdoam-se. Quando é a vez de Hamlet, Horácio diz que será fiel ao príncipe morrendo junto com ele, mas o primeiro não permite, tombando para trás e dizendo que a eleição cairá certamente em Fórtinbras. Hamlet morre, dizendo "O resto é silêncio." Fórtinbras invade o castelo com seu exército e ordena que "quatro capitães conduzam Hamlet como um soldado, para o cadafalço". Os soldados carregam o corpo do príncipe; soa a marcha fúnebre, e depois uma salva de canhões.

Fonte:Wikipedia

Jairo Mielnik

sexta-feira, 15 de abril de 2011

O Cravo e a Rosa (memoriaglobo.globo.com)



O CRAVO E A ROSA
Autoria: Walcyr Carrasco e Mário Teixeira
Colaboração: Duca Rachid
Direção: Mário Márcio Bandarra e Amora Mautner 
Direção geral: Walter Avancini
Período de exibição: 26/06/2000 - 09/03/2001
Horário: 18h
Nº de capítulos: 221
Trama/ Personagens:
- Walcyr Carrasco estreava na TV Globo com uma comédia romântica inspirada no clássico A megera domada, de William Shakespeare. A novela se passa em São Paulo, em 1927, e narra o conflituoso romance entre o machista Petruchio (Eduardo Moscovis) e a feminista Catarina (Adriana Esteves).
- Julião Petruchio é um caipira rude e ignorante, mas com um bom coração, dono da Fazenda Santa Clara, onde fabrica queijos para vender na cidade. Ele herdou a fazenda do pai, em condições precárias, e luta para mantê-la funcionando, apesar do seu trabalho duro mal dar para saldar as dívidas que vieram junto com a propriedade. Por conta disso, já nos primeiros capítulos da novela, ele pede um empréstimo ao tio Cornélio Valente (Ney Latorraca).
- Na fazenda de Petruchio também vivem Calixto (Pedro Paulo Rangel), antigo criado da casa que é como um pai para o fazendeiro, o que não impede que seja chamado de asno durante os acessos de fúria do patrão; Neca (Ana Lúcia Torre), uma criada esforçada, sempre às turras com Calixto; e Lindinha (Vanessa Gerbelli), filha de Calixto, uma moça bonita e sem estudo, criada desde pequena na fazenda. Ela é apaixonada por Petruchio, mas ele a trata como irmã. Para conquistá-lo, Lindinha é capaz de qualquer golpe baixo. Ela, por sua vez, é o amor da vida de Januário (Taumaturgo Ferreira), um caipira ingênuo e de bom caráter, cuja única companhia é uma porquinha de estimação a quem ele trata como uma filha. Lindinha o humilha sempre que possível.
- Catarina Batista é uma jovem bonita, mas muito temperamental, a ponto de ganhar dos rapazes o apelido de “a fera”. Filha mais velha do banqueiro Nicanor Batista (Luís Mello), ela é rica, bem-educada e afinada com a causa do feminismo que começa a ganhar repercussão dentro da sociedade paulistana. Como suas amigas Lourdes (Carla Daniel) e Bárbara (Virginia Cavendish), igualmente feministas e virgens, Catarina está convencida de que homem nenhum presta e de que nunca se casará.
- Quem mais sofre com a atitude de Catarina é sua irmã mais nova, Bianca (Leandra Leal), moça meiga e romântica que sonha em encontrar um grande amor. Para seu azar, Batista é um conservador que só consentirá que ela se case depois que a filha mais velha o faça. Ele faz sua parte e arranja inúmeros pretendentes para Catarina, mas ela coloca todos, um a um, para correr. Um deles é o jornalista Serafim (João Vitti).
- Porém, o que parecia impossível começa a se desenhar quando a mulher de Cornélio, a dissimulada e ambiciosa Dinorá (Maria Padilha), decide pôr as mãos no dinheiro do banqueiro Batista arranjando um casamento entre a doce Bianca e o seu irmão, Heitor (Rodrigo Faro). O rapaz é um esportista bon vivant e mau-caráter que, assim como a irmã e a avó Josefa (Eva Todor), vive às custas do genro Cornélio. Para se livrar de Catarina, Dinorá decide entregar a dívida de Petruchio com Cornélio ao agiota Normando Castor (Cláudio Corrêa e Castro). Quando o agiota cobra a dívida a Petruchio e exige a fazenda como pagamento, Dinorá sugere ao fazendeiro o seu plano: ele deve seduzir Catarina e depois usar o dinheiro dela para pagar a dívida.
- Desesperado, Petruchio aceita a sugestão de Dinorá e começa a fazer a corte à Catarina, se fingindo de submisso e pateta, e deixando que ela o manipule à vontade. A estratégia dá certo e, depois de muita confusão, os dois se casam. A vida de casados se torna um inferno, já que os dois são extremamente geniosos, e Catarina tem freqüentes crises de cólera, durante as quais atira virtualmente tudo o que encontra ao redor na cabeça de Petruchio. Ainda assim, com o tempo, ela começa a perceber as qualidades do marido e termina se apaixonando por ele. Petruchio também se apaixona, mas nenhum dos dois dá o braço a torcer.
- Petruchio não consegue resgatar a dívida com o agiota, depois de casado, porque Joaquim de Almeida Leal (Carlos Vereza) se adiantara a ele. Fazendeiro poderoso, ele tem ódio de Petruchio, a quem considera culpado pela perdição de Muriel, sua única filha. No passado, ela se apaixonara pelo fabricante de queijos, mas fora rejeitada e sofrera muito. Joaquim então a enviara para estudar na Suíça, onde ela se perdeu e seguiu uma vida dissoluta. Como vingança, Joaquim passa a pressionar Petruchio para que ele entregue a fazenda.
- Enquanto isso, com Catarina casada e fora do caminho, Dinorá dá prosseguimento ao seu plano aproximando Heitor de Bianca. O pilantra conquista o coração da jovem sensível com poemas românticos que ela ignora serem escritos pelo professor Edmundo (Ângelo Antônio). Este é um intelectual que dá aulas de poesia para a moça, mas não tem coragem de se declarar porque veio de família pobre. Iludido por Heitor, ele escreve o que sente nos poemas e encanta a amada, mas sofre por não poder colher os louros da façanha. Ao longo da história, Bianca descobre que seu verdadeiro amor é Edmundo, e que Heitor apenas estava interessado em seu dinheiro. Com a ajuda de Cornélio, Edmundo finalmente se declara e conquista Bianca.
- A novela toma outro rumo com a volta de Muriel, a filha de Joaquim e que agora atende pelo nome de Marcela (Drica Moraes). Ela chega da Europa acompanhada do fiel escudeiro Ezequiel (Déo Garcez) e disposta a conquistar Petruchio. Quando fica sabendo do seu casamento com Catarina, ela seduz Batista por interesse e o usa para destruir a vida da rival.
- Mesmo com várias armadilhas armadas por Marcela e Lindinha, que fazem tudo para separá-los, com as ameaças de Joaquim e com as inúmeras brigas ocasionadas pelos seus temperamentos explosivos, Petruchio e Catarina acabam finalmente se entendendo e admitindo que se amam. Catarina descobre que está grávida de Petruchio, e os dois ficam ainda mais felizes. Mesmo a má notícia do casamento de Batista com Marcela parece trazer uma vantagem para o casal. O banqueiro pretende entregar à filha um envelope contendo várias apólices do seu banco, o que a tornará rica e a ajudará a melhorar sua vida com Petruchio. Entretanto, as apólices desaparecem misteriosamente do cofre do pai durante a festa do casamento.
- Pouco depois, Batista descobre o verdadeiro caráter de Marcela e a abandona para viver com Joana (Tássia Camargo), uma costureira humilde, dona de uma pensão e sua amante há mais de dez anos, mas que ele só agora descobre ser o amor de sua vida. Marcela se recusa a ceder o divórcio ao banqueiro. A vilã também consegue roubar as promissórias da dívida de Petruchio e começa a ameaçar tomar a fazenda dele. Petruchio desconfia que Marcela é responsável pelo roubo das apólices e, para desmascará-la, finge ceder a sua sedução, abandonando Catarina.
- Na Fazenda Santa Clara, Calixto se casara com dona Mimosa (Suely Franco), a empregada de Batista que criara Catarina e Bianca desde a morte da mãe delas e que continuara sendo empregada de Catarina depois do casamento. Januário, por sua vez, continua fazendo a corte e sendo esnobado por Lindinha, mesmo depois que as maldades dela para separar Petruchio e Catarina são descobertas, e ela é escorraçada de casa por Calixto.
- A sorte de Januário muda quando Joaquim descobre que o caipira é seu filho, fruto de uma aventura no passado. Comovido, ele se reencontra com o rapaz. Pouco depois, morre e deixa todas as suas posses para o porquinho de Januário. Marcela, que não reconhece Januário como irmão, astutamente compra o porco dele antes que ele possa reivindicar o dinheiro.
- A verdade sobre o roubo das apólices só aparece no capítulo final. Na festa de noivado de Bianca e Edmundo, Petruchio consegue, com a ajuda do delegado Sansão Farias (Paulo Hesse), reunir todos os que estiveram na noite do roubo. Ele revela, então, seu plano à Catarina e começa a interrogar os presentes para que dêem explicações sobre o que haviam feito na noite do crime. Marcela acaba confessando que tentara roubar as apólices, mas não as encontrara. Heitor também admite ter tentado, mas que levara o envelope errado. Finalmente é revelado que o envelope com as verdadeiras apólices havia sido recolhido por ninguém menos do que dona Mimosa. Ela vira Marcela vasculhando o escritório do banqueiro e como, depois de trabalhar anos naquela casa, sabia a numeração do cofre, pegou o envelope com as apólices e o escondera no seu álbum de fotografias. Ela planejava contar tudo à Catarina mais tarde e só não o fizera porque fora descoberta por Lindinha. A caipira a chantageara ameaçando contar tudo à patroa. Como sempre teve medo do caráter vulcânico de Catarina, a empregada se calou e ficara esse tempo todo dando do seu próprio dinheiro para comprar o silêncio de Lindinha. Enquanto isso, o álbum e as apólices estavam nas mãos do menino Buscapé (Luís Antônio Nascimento), que o roubara para achar uma foto dos seus pais, antigos empregados dos Batistas. Esclarecido o mistério, o álbum é devolvido, Catarina recupera as apólices e volta às boas com Petruchio.
- Para evitar ter que responder processo por tentativa de roubo, Marcela negocia com Batista a retirada da queixa em troca da concessão do divórcio ao banqueiro. Batista paga também a dívida de Petruchio e recupera as promissórias. Assim, ela não tem mais como chantagear o fazendeiro. O dinheiro da dívida vai direto para as mãos do gerente do hotel onde Marcela mora há semanas sem pagar as contas, mas ela está certa de que ainda pode contar com o dinheiro da herança de Joaquim, já que é dona do porquinho de Januário.
- Ao procurar o advogado do pai, Marcela recebe o golpe final: o porquinho não herdou nada, tudo não passava de uma farsa armada por Joaquim. Quando já havia se convencido do verdadeiro caráter da filha, o fazendeiro instruíra os advogados para que a história do porquinho fosse usada como artifício para distrair a filha até que a situação legal de Januário fosse regularizada e ele pudesse receber toda sua fortuna sozinho.
- Pobre e abandonada, Marcela termina a novela unindo forças com Heitor. Os dois passam a formar uma dupla de vigaristas que fingem ser irmãos para tomar dinheiro de desavisados em jogos de pôquer. Já Bianca se casa com Edmundo, depois do longo noivado. Januário consegue finalmente conquistar Lindinha, que depois de pagar por tudo o que fez, se arrepende e pede perdão por seus erros.
- Catarina dá à luz um casal de gêmeos. Ela e Petruchio prosperam nos negócios da Fazenda Santa Clara, felizes, sem implicâncias e individualismos. Depois do beijo dos dois na cena final, uma animação computadorizada mostra um casal de beija-flores que sobrevoa a fazenda carregando um camafeu dourado idêntico ao da abertura da novela. Eles o abrem em pleno ar e revelam as fotos de Petruchio e Catarina.
 
Produção:
- Durante duas semanas, antes do início das gravações, equipe e elenco de O cravo e a rosa assistiram a um workshop que incluiu a palestra do historiador Nicolau Sevcenko, professor de história da Universidade de São Paulo, que contribuiu com muita informação a respeito dos costumes da sociedade paulistana da década de 1920. A novela também contou com uma extensa pesquisa de vocabulário feita por Carla Miucci, uma especialista em cinema dos anos 1920, em cima de cartas de leitores publicadas em jornais e revistas da época, resgatando palavras e expressões comuns naquele período. O autor Walcyr Carrasco também leu os contos adultos de Monteiro Lobato e textos de Oswald de Andrade para se familiarizar com o linguajar.
- Vinte e seis cenários de estúdio foram construídos para a novela, entre eles a mansão art nouveau do banqueiro Batista, personagem de Luis Mello. Só na cidade cenográfica, no Projac, 24 edifícios foram reunidos. A parte principal da cidade foi construída a partir de uma fotografia do Largo do Tesouro, em São Paulo. Nessa área ficavam, entre outros ambientes, várias lojas com vitrines, uma confeitaria, uma igreja, uma barbearia, uma quitanda, uma pensão, um dancing e a fachada da Revista feminina. A produção ainda construiu um bonde, que, adaptado a um carrinho elétrico, transportava cerca de 20 pessoas pela cidade. O Clube Fordinho, que reúne colecionadores de veículos antigos em São Paulo, cedeu à produção sete Ford Modelo T – lançados entre 1919 e 1927 – para serem usados na novela.
- Um sítio localizado na Ilha de Guaratiba, zona oeste do Rio de Janeiro, foi a locação da fazenda de Petruchio. Lá foram cenografados a casa do personagem, um estábulo, um chiqueiro, um galinheiro e o local para a fabricação de queijo. Para as cenas em que Petruchio aparecia fabricando queijo em sua fazenda, a produção contou com ajuda de uma cooperativa, que forneceu 30 queijos prontos por dia, mais 60 litros de leite líquido e 60 litros de leite coalhado.
- Em Lagoa de Cima, em Campos, foram gravadas as cenas de uma regata, competição tradicional no início do século, promovida no Rio Tietê ou na represa Guarapiranga, em São Paulo. A seqüência em que a equipe de remadores da qual Heitor é o capitão vence a prova teve a participação de 36 atletas do Clube de Regatas do Flamengo, Clube Naval e Guanabara. Como preparação para as cenas, Rodrigo Faro, intérprete de Heitor, treinou durante algumas semanas no Flamengo.
- Dois tipos de filtros de câmera foram usados pelo diretor de fotografia Flávio Ferreira com o objetivo de conseguir uma luz mais realista, tendo como referência filmes como Summertime e Passagem para a Índia, de David Lean, Henry e June, de Philip Kaufman e O grande Gatsby, de Jack Clayton
- O figurino de O cravo e a rosa teve cerca de mil peças, sendo que 600 foram confeccionadas exclusivamente para a novela. As restantes foram aproveitadas do acervo da emissora e tiveram as modelagens redimensionadas. A figurinista Beth Filipecki conta que se baseou em filmes e personagens da literatura para criar os figurinos dos personagens. O de Catarina, por exemplo, teve forte inspiração na Emília, do Síto do pica-pau amarelo, de Monteiro Lobato. Assim, a personalidade forte da protagonista foi traduzida em roupas modernas, de cores fortes, com alguns acessórios masculinos, como gravatas, por exemplo.
- A abertura de O cravo e a rosa era inspirada em fotos e filmes do início do século. Um camafeu dourado girava no ar e, a cada volta, mostrava imagens em preto-e-branco, típicas do cinema mudo, com aparência de película antiga, de vários personagens da novela, em especial Petruchio e Catarina. Uma semana antes da estréia da novela, a Rede Globo começou a inserir na programação vinhetas em que os atores parodiavam cenas de filmes mudos. Algumas imagens de época e grafismos característicos da década de 1920 foram incorporados a cenas da novela através de computação gráfica. Em agosto de 2001 a abertura foi escolhida a melhor do ano pelo júri do II Festival Latino-Americano de Cine Vídeo, em Mato Grosso do Sul.
 
Curiosidades:
- Além de A megera domada, de Shakespeare, O cravo e a rosa trazia referências à telenovela O machão, escrita em 1965 por Ivani Ribeiro para a TV Excelsior e readaptada em 1974 por Sérgio Jockyman para a TV Tupi. O autor Walcyr Carrasco conta que também se inspirou na peça Cyrano de Bergerac, escrita em 1897 pelo francês Edmond Rostand, para caracterizar o triângulo amoroso entre Edmundo, Bianca e Heitor.
- O cravo e a rosa marcou o retorno à TV Globo do diretor Walter Avancini, depois de um longo afastamento. Apesar do viés de comédia no texto, ele optou por imprimir um tom realista à direção. Eduardo Moscovis lembra que Avancini pedia ao elenco que evitasse a caricatura e não se esforçasse para fazer comédia, deixando que o texto fizesse o trabalho por si próprio.
- Nas primeiras semanas da novela, Walter Avancini inseriu nas cenas pequenas aparições de figuras ilustres da época, vividas por atores figurantes. Dessa forma, foram homenageados brevemente em O cravo e a rosa personagens como a artista plástica Tarsila do Amaral, a cantora lírica Bidu Sayão, o poeta Oswald de Andrade e o escritor Monteiro Lobato, este ao lado da esposa, Maria Pureza, a dona Purezinha.
- Eduardo Moscovis conta que estava receoso em aceitar o papel de Petruchio, porque achava que o personagem, rude e machista, poderia ficar muito parecido com seu último personagem na televisão, o taxista Carlão de Pecado capital. Uma rápida conversa com Walter Avancini, que explicou o caráter cômico da novela, o fez mudar de idéia.
- Beth Filipecki teve participação vital para a construção visual do personagem, segundo Eduardo Moscovis. Por sugestão da figurinista, ele deixou crescer o cabelo e a barba e clareou os pêlos para parecer queimado pelo sol da fazenda. A idéia era que Petruchio tivesse um rosto marcante, característico, com uma “poluição” que destoasse da estética limpa comum na televisão. O visual só foi apresentado ao diretor Walter Avancini – que a princípio não concordava com a barba – no set de gravação e imediatamente aprovado. Já o andar do personagem – que o ator considera um elemento importante na sua composição – veio depois que Beth Filipecki lhe apresentou um par de coturnos com os quais conseguia pisar forte e pesado.
- Ainda de acordo com Eduardo Moscovis, a química entre ele e Adriana Esteves – que já conhecia desde o início da carreira no teatro – foi perfeita em todas as cenas, mas o ator gostava das seqüências de agressão entre Catarina e Petruchio. Ele conta que se divertia muito, mas se machucava bastante também. Adriana Esteves se empolgava e batia para valer com escovas de cabelos, além de mirar com precisão os vasos que sua personagem atirava.
- O cravo e a rosa foi vendida para países como Canadá, Letônia, Peru e Portugal. A partir de janeiro de 2003, foi reapresentada no Vale a pena ver de novo, atingindo índices de audiência surpreendentes para o horário.
 
Trilha sonora:- O grande destaque da trilha sonora de O cravo e a rosa foi a canção de abertura, uma versão de Zeca Pagodinho para Jura, samba de Sinhô imortalizado em 1929 por Mário Reis. A trilha ainda contava, entre suas 14 faixas, com uma gravação de Ella Fitzgerald e Count Basie para Tea for two, composta em 1925 por Vincent Youmans e Irwing Caesar.

[Fontes: CASTRO, Daniel. “Outro canal” In: Folha de S. Paulo, 01/08/2003; COSTA, Mariana Timóteo da. “Exagerada e apaixonada” In: O Globo 03/09/2000; COSTA, Mariana Timóteo da. “Um machão no fim de tarde” In: O Globo, 25/06/2000; MEMÓRIA GLOBO. Dicionário da TV Globo, v. 1: programas de dramaturgia e entretenimento, Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, 2003, p.p. 278-280; MOREIRA, Paulo Ricardo. “Clima de suspense no final” In: O Globo 04/03/2001; “O Cravo e a Rosa, fundo do baú”, O Dia, 28/06/2000; www.teledramatugia.com.br, acessado em 07/2006; www.us.imdb.com, acessado em 07/2006; ]
MEMORIAGLOBO  in (http://memoriaglobo.globo.com/Memoriaglobo )

segunda-feira, 11 de abril de 2011

O Mercador de Veneza

O Mercador de Veneza 2010-05-22 Francisco
Título original: (The Merchandt of Venice)
Lançamento: 2004 (EUA)
Direção: Michael Radford
Atores: Lynn Collins, Joseph Fiennes, Jeremy Irons, Al Pacino.
Duração: 138 min
Gênero: Drama
Status: Arquivado                   

Sinopse

Na cidade de Veneza, no século XVI, Bassanio (Joseph Fiennes) pede a Antonio (Jeremy Irons) o empréstimo de três mil ducados para que possa cortejar Portia (Lynn Collins), herdeira do rico Belmont. Antonio é rico, mas todo seu dinheiro está comprometido em empreendimentos no exterior. Assim ele recorre ao judeu Shylock (Al Pacino), que vinha esperando uma oportunidade para se vingar de Antonio. O agiota impõe uma condição absurda: se o empréstimo não for pago em três meses, Antonio dará um pedaço de sua própria carne a Shylock. A notícia de que seus navios naufragaram deixa Antonio em uma situação complicada, com o caso sendo levado à corte para que se defina se a condição será mesmo executada


taciane farto

O Mercador de Veneza

   Taciane Farto

Shakespeare

William Shakespeare


Nascido no ano de 1564 e falecido em 1616, William Shakespeare foi o maior poeta e dramaturgo inglês de todos os tempos. Devido amúltiplas inserções de assuntos ligados a anatomia, neurologia, fisiologia e áreas afins da medicina em suas peças, há autores que têm a impressão de que ele deve ter tido alguma formação médica. O volume de citações que faz de lesões incapacitantes, por exemplo, é bem expressivo. Há autores que comentam sobre a influência de algum médico em seus trabalhos. Embora sua filha Susanna tenha se casado com um médico (Dr. Hall) no ano de 1607 - médico esse que pode ter informado seu sogro quanto a alguns assuntos médicos - muito antes desse casamento Shakespeare já havia escrito mais de 20 peças, demonstrando um profundo conhecimento da medicina, da música, da filosofia e de outros assuntos.
Em diversas de suas obras o leitor poderá encontrar casos de fraturas graves, de mutilações e de deformidades congênitas ou adquiridas.
Como é universalmente sabido, Shakespeare escreveu peças imorredouras, repletas de poesia, tragédia, sabedoria, drama, comédia e lançando de quando em quando frases simplesmente lapidares.
Pelo menos pelos seus títulos, ou por terem sido imortalizadas em filmes, todos podemos lembrar Romeu e Julieta, Hamlet, Sonho de uma Noite de Verão, A Megera Domada, Rei Henrique V, Rei Lear, Macbeth, Otelo e outras mais.
Existem diversas outras peças, não tão conhecidas do grande público, nas quais o genial escritor insere pessoas com deficiências. São os casos de Rei Ricardo III, Rei Henrique IV, Rei Henrique VI, Rei Henrique VIII, Troilus e Créssida, A Tempestade, Titus Andronicus, Péricles e Otelo.


Taciane Farto

imagem de William shakespeare

Taciane Farto

sábado, 9 de abril de 2011

Trabalho muito bom este... ampliei meu conhecimento, e para ampliar  mais um pouquinho li alguns poemas do grandioso Shakespeare, achei-os bem elaborados e gostei principalmente dos de cunho amoroso!
Como:
De almas sinceras a união sincera
Nada há que impeça: amor não é amor
Se quando encontra obstáculos se altera,
Ou se vacila ao mínimo temor.
Amor é um marco eterno, dominante,
Que encara a tempestade com bravura;
É astro que norteia a vela errante,
Cujo valor se ignora, lá na altura.
Amor não teme o tempo, muito embora
Seu alfange não poupe a mocidade;
Amor não se transforma de hora em hora,
Antes se afirma para a eternidade.
Se isso é falso, e que é falso alguém provou,
Eu não sou poeta, e ninguém nunca amou.
William Shakespeare



SONETO CV
Não chame o meu amor de Idolatria
Nem de Ídolo realce a quem eu amo,
Pois todo o meu cantar a um só se alia,
E de uma só maneira eu o proclamo.
É hoje e sempre o meu amor galante,
Inalterável, em grande excelência;
Por isso a minha rima é tão constante
A uma só coisa e exclui a diferença.
'Beleza, Bem, Verdade', eis o que exprimo;
'Beleza, Bem, Verdade', todo o acento;
E em tal mudança está tudo o que primo,
Em um, três temas, de amplo movimento.
'Beleza, Bem, Verdade' sós, outrora;
Num mesmo ser vivem juntos agora.
William Shakespeare

  By:Alessandra

sexta-feira, 8 de abril de 2011

ALGUMAS FRASES DE WILLIAN SHAKESPEARE

"Devagar! Quem mais corre, mais tropeça!"
"Quem não sabe mandar deve aprender a ser mandado."
"Pobre é o amor que pode ser descrito."
"As coisas mais mesquinhas enchem de orgulho os indivíduos baixos."
"Sem saber amar não adianta amar profundamente."
"A beleza persuade os olhos dos homens por si mesma, sem necessitar de um orador."
"Algumas quedas servem para que nos levantemos mais felizes."
"A gratidão é o único tesouro dos humildes."
"A beleza atrai os ladrões mais do que o ouro."
"Todo mundo é capaz de dominar uma dor, exceto quem a sente."
"O bom vinho é um camarada bondoso e de confiança, quando tomado com sabedoria."
"A glória é como o círculo na água; nunca cessa de se dilatar até que, à força de se expandir, se perde no nada."
"Do jeito que o mundo anda, ser honesto é (igual) a ser escolhido entre dez mil."
"Mal usada, mesmo a mais dura faca perde o fio."
"Quem é orgulhoso a si próprio devora."
"Não há nada bom ou nada mau, mas o pensamento o faz assim."
"Até mesmo a bondade, se em demasia, morre do próprio excesso."
"A ambição deveria ser feita de pano mais resistente."
"Nunca reveles com facilidade o teu pensamento, nem executes nunca o que bem não tenhas ponderado."
"Não há culpados. O que há são desgraçados."
"É mais fácil obter o que se deseja com um sorriso do que à ponta da espada."
"As paixões ensinaram a razão aos homens."
"Quando o dinheiro vai na frente, todos os caminhos se abrem."
"Não é digno de saborear o mel, aquele que se afasta da colméia com medo das picadelas das abelhas."
"Um indivíduo pode sorrir, sorrir, e ser um vilão."
"Todos empreendimentos humanos têm uma maré enchente que, aproveitada em tempo, conduz à fortuna."
"Até hoje não houve filósofo que padecesse pacientemente uma dor de dente."
"Quem não tem dinheiro, meios e paz, carece de três bons amigos."
"É estranho que, sem ser forçado, saia alguém em busca de trabalho."
"Atiramos o passado ao abismo - mas não nos inclinamos para ver se está bem morto."
"Ninguém poderá jamais aperfeiçoar-se, se não tiver o mundo como mestre. A experiência se adquire na prática."
"Há instantes em que os homens são senhores do seu destino."
"Ó poderoso amor! que por alguns respeitos transformas um animal em homem e por alguns outros, tornas um homem em animal."
"É melhor um tolo espirituoso do que um espírito tolo."
"As lágrimas da amizade servem para confortar-nos nas nossas dores, mas nunca as remediam."
"Assim que se olharam, amaram-se; assim que se amaram, suspiraram; assim que suspiraram, perguntaram-se um ao outro o motivo; assim que descobriram o motivo, procuraram o remédio."
"Somos senhores dos nossos pensamentos; mas é-nos alheia a execução deles."
"Vazias as veias, nosso sangue se arrefece, indispostos ficamos desde cedo, incapazes de dar e de perdoar. Mas quando enchemos os canais e as calhas de nosso sangue com comida e vinho, fica a alma muito mais maleável do que durante esses jejuns de padre."
"É uma infelicidade da época, que os doidos guiem os cegos."
"Não chegarão aos ouvidos do Eterno palavras sem sentimento."
"Só há uma treva: a ignorância."
"Nunca poderá ser ofensivo aquilo que a simplicidade e o zelo ditam."
"Os grandes sofrimentos maiores ainda se tornam à vista do que poderia aliviá-los."
"O gelo da timidez desfaz-se ao fogo do amor."
"O demônio pode citar as Escrituras para justificar seus fins."
"O cansaço ronca em cima de uma pedra, enquanto a indolência acha duro o melhor travesseiro."
"A glória do tempo é acalmar os reis em conflito."
"'Consciência' é uma palavra usada pelos covardes para incutir medo aos fortes."
"Sofremos muito com o pouco que nos falta e gozamos pouco o muito que temos."
"Também há vermes nos sepulcros de mármore."
"Acontece que, para ter o que desejamos, é melhor não falar do que queremos."
"Faze que o ato corresponda à palavra, e a palavra ao ato."
"Quase sempre as mulheres fingem desprezar o que mais vivamente desejam."
"Que jamais cresça em meu peito um coração que confie num juramento ou numa afeição."
"Que é o homem, se sua máxima ocupação e o bem maior não passam de comer e dormir?"
"A vida é muito curta! Passar esse momento de forma vil seria um desperdício."
"Sábio é o pai que conhece seu próprio filho."
"Pobre que sou, pobre sou também de gratidão."
"O ouro vale mais do que vinte oradores."
"Nós somos feitos do tecido de que são feitos os sonhos."
"Quando fala o amor, a voz de todos os deuses deixa o céu embriagado de harmonia."
"Muitas vezes, o silêncio da pura inocência persuade, quando as palavras malogram."
"A água corre tranqüila quando o rio é fundo."
"O maior inimigo do homem é a segurança."
"Quem se compraz em ser adulado é digno do adulador."
"Vê como é rápida a língua da suspeita."
"O amor é uma loucura sensata, um fel que sufoca, uma doçura que conserva."
"A mulher que não sabe pôr a culpa no marido por suas próprias faltas, não deve amamentar o filho, na certeza de criar um palerma."
"Existem mais coisas entre o céu e a terra do que sonha a nossa vã filosofia."
"Quanto mais fecho os olhos, melhor vejo/ Meu dia é noite quando estás ausente/ E à noite vejo o sol se estás presente."
"Tudo o que nasce deve morrer, passando pela natureza em direção à eternidade."
"Sinto a fúria de suas palavras, mas não entendo nada do que você diz."
"Cada gota de sangue inocente derramado clama vingança contra o príncipe que fez afiar a espada."
"As feridas causadas pela amizade são as mais profundas e dolorosas."
"O que chamamos rosa, sob uma outra designação teria igual perfume."
"Fragilidade, teu nome é mulher."
"Dê a todas pessoas seus ouvidos, mas a poucas a sua voz."
"Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que poderia ser nosso pelo simples medo de tentar."
"Os homens deviam ser o que parecem ou, pelo menos, não parecerem o que não são."
"Há quedas que provocam ascensões maiores."
"Conservar algo que possa recordar-te seria admitir que eu pudesse esquecer-te."
"Os homens têm morrido de tempos em tempos - e os vermes os devoravam, mas não foi por amor."
"A desconfiança é o farol que guia o prudente."
"Deixe vir o que me aguarda."
"A verdade nunca perde em ser confirmada."
"A política está acima da consciência."
"Eu a paciência oponho à fúria dele."
"O sono é o prenúncio da morte."
"Obedeçam os que não sabem mandar."
"Ser ou não ser... eis a questão."